segunda-feira, 17 de junho de 2013

Protestos em São Paulo inspiram game para Facebook

Chamado 'V de Vinagre', jogo foi criado por agência de São Paulo.
Em game, usuário deve fugir da polícia e pegar garrafas de vinagre.


Os protestos contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo viraram inspiração para um game no Facebook. Chamado “V de Vinagre” (acesse aqui), o jogo foi criado pela Flux Game Studio em 18 horas de trabalho e lançado no sábado (15), às 14h.



No game, um manifestante mascarado, inspirado no protagonista do filme “V de Vingança”, deve fugir da polícia que quer prendê-lo por portar vinagre – como aconteceu com algumas pessoas nas manifestações da última quinta-feira (13), em São Paulo. O vinagre pode ser usado para aliviar os efeitos do gás lacrimogênio lançado pela polícia.

No game 'V de Vinagre', usuário deve fugir da polícia e pegar potes de vinagre (Foto: Reprodução)

“Gente, portar vinagre agora é crime em SP. Tome cuidado para não tomar borrachada ou ser preso”, diz a página inicial do jogo. Quanto mais garrafas de vinagre o manifestante recolher, mais policiais se juntam para tentar alcançá-lo. Ao ser capturado, ele recebe um ranking de como a polícia o enxerga, como “meliante” ou “comunista”. Para jogar, o usuário deve usar apenas três teclas para correr, pular e escorregar.


“Um roteiro no qual o manifestante precisa fugir da polícia por portar potes de vinagre em sua mochila poderia muito bem ser de um game 100% de ficção", afirma Paulo Luis Santos, diretor de criação da Flux, em uma nota enviada à imprensa neste domingo (16). 
“O problema é que, neste caso, é inspirado nessa triste realidade com a qual não podemos compactuar. A maneira como a polícia atuou infelizmente foi digna dos mais violentos e impressionantes filmes ou jogos de ação”, continuou Santos.
Na sexta-feira (14), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que eventuais abusos cometidos pela Polícia Militar (PM) durante os protestos serão apurados pela Corregedoria da corporação. Ele citou ainda o "rastro de destruição" deixado pelos manifestantes no último ato contra o aumento das tarifas do transporte público na capital, que terminou em confronto e mais de 200 detidos.


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