terça-feira, 25 de junho de 2013

O novo livro de Neil Gaiman “O Oceano no Fim do Caminho” - Editora Intrínseca

oceano

O novo livro de Neil Gaiman O Oceano no Fim do Caminho foi lançado aqui no Brasil, dia 18/06, simultaneamente com os EUA.
A sinopse:
“Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos.
Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.”
Neil Gaiman é um dos autores de fantasia mais queridos do mundo, ganhou os prêmios Hugo e Bram Stoker, e a medalha Newsberry – agora ele escreveu seu primeiro romance para adultos em 8 anos.
O Oceano no Fim do Caminho começa com um inglês – sem nome – que retorna a cidade de Sussex, onde ele cresceu. Mais precisamente, ele retorna a uma casa que viveu quando garoto, e de repente, ele está perdido em lembranças do passado, do tempo em que o inquilino da família (um minerador de opala azarado) roubou o carro, atropelou o gato, e acidentalmente acordou uma energia das trevas que ameaçou inundar o mundo. Para a sorte do garoto e do mundo, uma menina um pouco mais velha chamada Lettie Hempstock, que viveu como titular do “final do caminho”, entrou em cena para salvar o dia.
Antes de tudo isso acontecer, no entanto, o mineiro substitui o pobre gatinho Fluffy com um gato mais velho – uma espécie de metáfora para a história em geral. “Este é um livro que, de longe, pode parecer muito bonitinho”, diz Gaiman, “Eu realmente tive que decidir, bem, há um monte de coisas aqui que as crianças gostariam, mas obviamente não é um livro infantil, mesmo tendo coisas fofas adoráveis com garras”
Sobre a decisão de tornar o Oceano em um livro para adultos
“Realmente eu mantive a mente aberta até chegar ao fim, então eu olho para o que fiz… Era para ser apenas sobre olhar para o mundo pelos olhos de quando eu tinha 7 anos, do tipo de paisagem que eu vivi quando tinha 7 anos. E então eu simplesmente não consegui parar. Continuei escrevendo, e então percebi no fim que escrevi um romance… Eu pensei – não é uma história infantil mesmo – e uma das grandes razões pelo qual não é uma história de crianças é, eu sinto que boas histórias infantis sejam muito sobre esperanças. No caso de O Oceano no Fim do Caminho, é um livro sobre desamparo. É um livro sobre família, é um livro sobre ter 7 anos num mundo em que as pessoas são maiores que você, e mais perigosas, e entrar num território que você não compreende.”
Sobre ser um garotinho que viveu em livros
“Quando eu tinha 7 anos, o que eu tinha mais orgulho era de minha estante de livros, porque eu tinha em ordem alfabética todos os livros. Eu cheguei ao ponto de convencer meus pais a me deixarem na biblioteca local durante minhas férias de verão, e eles realmente me deixaram lá com sanduíches. Então simplesmente fui à sessão infantil nos fundos e comecei a ler. Foi o melhor lugar do mundo.”
Sobre ser um jornalista
“Eu nunca fui muito bom como jornalista, mas eu amava ser, e eu amava porque isso me ensinou duas coisas muito, muito importantes sobre escrever. Ensinou-me a compreensão: se eu tivesse entrevistado alguém, e conversado com eles, eu ia acabar com 3.000, 4.000 palavras, eu aprendi a comprimir o que havia dito, ainda mantendo os padrões de fala, tal coisa se tornou extremamente importante mais tarde, quando eu estava escrevendo quadrinhos. E ainda mais importante do que isso, eu aprendi sobre prazos.”“Lembro de uma vez, recebendo um telefonema numa tarde de um editor, dizendo: ‘Sua crítica do livro (book review), será amanhã”. E eu disse: ‘Não, não, não, vai ser terça-feira’. E ele disse: ‘Sim, hoje é segunda’. E eu não tinha escrito, olhei ao redor da sala e não conseguia ver o livro. E eu disse: ‘O que aconteceria se eu não for?’ E ele disse ‘Bem, então teríamos um vazio, teríamos que mostrar algumas fotografias suas, com seu endereço e seu número para que qualquer um pudesse ligá-lo se quisessem saber como é seu livro.’ E aquilo concentrou a ideia maravilhosamente.
Sobre a escrita em diferentes pontos de vistas
“Isso é parte do meu trabalho, eu acho… quando estava crescendo, alguns de meus autores preferidos, as pessoas que eu mais respeitava, foram os únicos que faziam tudo, você sabe. Um bom escritor deve ser capaz de escrever uma comédia que te faz rir, e coisas assustadoras que te fazem ter medo, e fantasia ou ficção científica que imbuem você num sentimento encantador, e um jornalismo tradicional que te dá informação clara e concisa do jeito que você precisa. Isso sempre me pareceu que era o que um escritor tinha de fazer. Você tem todas essas ferramentas maravilhosas; cabe a você que tipo de ‘tom’ você joga sobre eles, e você quer jogar todos os tons. Conforme fui crescendo, fiquei fascinado ao perceber que, na verdade, a sociedade para alguns, mostra suas carrancas sobre aqueles de nós que gostam de mexer numa enorme quantidade de diferentes ‘áreas de proteção’. Na minha perspectiva, eu amo ser capaz de fazer tudo. Acho que um bom escritor deve ser capaz de fazer tudo. E se você não consegue fazer tudo brilhantemente, ao menos você deve saber disso, ter autocrítica.”
 

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